Laura faz 6 meses! Começamos a introdução alimentar

Hoje está sendo um dia muito especial na minha vida e na vida da Laura. Ela completou 6 meses de vida, o que por si só já é uma data pra lá de especial, na qual eu olho pra trás e relembro aquele dia em que a trouxe ao mundo, em meio a um turbilhão de emoções que já contei aqui. Não fosse o bastante, iniciamos a introdução alimentar, um novo desafio que há alguns dias vem me deixando ansiosa e cheia de dúvidas, mesmo com o pediatra tendo passado as orientações na última consulta, há cerca de um mês. De ontem pra hoje, contei com o apoio de alguns vídeos no Youtube, como dos canais Macetes de Mãe e da doutora Lu Herrero, além de dicas da minha amiga Keka Werneck, que tem um filho de quase 2 anos, e da minha irmã Jéssica, que tem um filho de 4 anos.

Como sempre, eu tentei me preparar, mas, nem tudo saiu como o esperado. No final de semana, avisei o Joni que teria que comprar as comidinhas dela, mas ele só comprou frutas e carne, se esquecendo das verduras e legumes. Ontem, ele viajou a trabalho e eu não consegui ir ao supermercado.

Na semana passada, encomendei um vestidinho de Magali pra minha filha usar no dia em que fosse comer sua primeira frutinha: uma melancia! A personagem da Turma da Mônica é a minha predileta e eu mesma digo que sou a Magali porque temos muito em comum, desde criança, como sermos comilonas e santistas (risos). Ontem, o vestidinho ficou pronto. Laura e eu fomos lá na dona Nilde buscar, na maior empolgação!

Hoje, o grande dia, acordei um pouco antes das 8 horas, tomei café da manhã e comecei a organizar a casa. Lavei a louça, limpei o fogão, o filtro do depurador, botei roupa pra lavar, limpei o piso do chão da sala e da cozinha. Tudo isso enquanto Laura dormia. Ela tem acordado tarde porque tem dormido muito tarde, nas últimas semanas.

Por volta de 10h30, acordei minha filhotinha. Como sempre, ela já abriu os olhos e soltou aquele sorriso lindo! Eu a peguei no colo e a abracei, dando os parabéns pelos seus 6 meses de vida, dizendo o quanto a amo, o quanto ela pode contar comigo e o quanto ela faz bem pra mim. Troquei a fralda dela e já a levei pra cadeirinha de alimentação que comprei pela internet e chegou semana passada. Nas duas vezes que a coloquei na cadeirinha, ela não gostou, chorou.

Hoje, com comida em cima da mesa, ela não chorou. Foi logo metendo a mão no prato cheio de pedaços de melancia, que caiu no chão, mas eu peguei rapidamente, passei na água corrente e levei de volta pra mesa dela. Eu coloquei na boquinha dela e ela chupou. Depois, ela mesma segurou com as próprias mãos e, como eu imaginava, adorou a fruta! Ficamos alguns minutos nos divertindo com aquele momento. Tinha horas que ela deixava cair um pedaço de melancia no chão e ficava olhando fixamente para ele, mesmo eu oferecendo outro pedaço. Eu comia um pedaço olhando pra ela e ela sorria pra mim, olhando nos meus olhos, com um semblante alegre. Foi um momento incrível!!! Fiquei extremamente feliz e satisfeita com a recepção dela ao alimento. Parte desse momento foi compartilhado com o papai Jonison, para quem eu fiz uma videochamada.

Assim que terminou de comer a melancia, já percebi que minha bebê havia feito cocô e troquei sua fralda. Alguns minutinhos depois ela já deu sinal de que queria mamar e eu satisfiz sua vontade. Logo em seguida, imaginei que como ela havia acabado de comer e mamar, daria pra fazer a papinha salgada para o almoço de boa. A carne moída já estava descongelada. Coloquei metade de uma cenoura em cubinhos para cozinhar no vapor. Coloquei arroz para cozinhar. Quando ia começar a preparar a carne, Laura começou a chorar e eu a peguei no colo para consolá-la. A coloquei na cadeirinha, ao lado da pia da cozinha, e voltei ao preparo da comidinha.

Logo ela começou a chorar de novo. Vi que ela havia feito cocô de novo, só que menos, e a troquei. Coloquei-a novamente na cadeirinha e fui fazer comida, dessa vez decidida a terminar logo, para ela poder almoçar, já era mais de 13 horas. A comida ficou toda pronta por volta de 13h30. Arroz, carne moída com tomate e temperada com alho, cebola, salsinha e cebolinha e cenoura cozida. Amassei tudo bem rapidinho no pratinho e fui servi-la.

A essa altura, Laura já estava chorando muito alto, com lágrimas escorrendo no rosto. Me deu uma dó, um sentimento de culpa por deixá-la esperando, passando fome. Mas como Joni trabalha, tenho que fazer tudo sozinha durante o dia, ainda mais agora que ele viajou.

Na cadeirinha, ofereci a comidinha para minha filhotinha. Ela inicialmente aceitou até bem a cenoura. O arroz com carne ela não gostou muito. Ficava cuspindo. Deu muito mais trabalho do que com a melancia, acredito que porque o sabor não é tão bom (porque não tem sal) e também porque ela já estava estressada e chorando muito.

Fiquei pouco mais de 10 minutos tentando fazer Laura comer a papinha, mas sem muito sucesso. Ela comia um pouquinho, cuspia outro tanto. Depois, voltou a chorar forte. Eu fiquei com pena e a retirei da cadeirinha. Peguei ela no colo e a consolei. Ainda tentei servir na boquinha dela a comida, segurando ela no meu colo, mas sem sucesso.

O jeito foi limpar a boca dela com um guardanapo de papel, sentar no sofá e dar mamá pra ela. Laura ficou um tempo chorando bem alto, inconsolável, até que começou a mamar, ficou mamando e soluçando, até se acalmar, encher a barriguinha de leite e ficar sonolenta. Quando achei que ela estava dormindo, a coloquei no berço, mas aí ela abriu os olhões (kkkkkk).

Coloquei ela na cadeirinha e fui preparar o meu almoço, pois já estava morrendo de fome. Por sorte, era só esquentar a comida. Pela primeira vez, Laura ficou um longo período quietinha na cadeirinha. Acho que a comida pesou no estômago. Deu tempo de eu comer, tomar banho e preparar as coisas para levá-la ao parque para fazer umas fotos dela comendo melancia, usando o look da Magali.

Fomos com minha irmã Giane e meu cunhado ao Parque da Família, no bairro Terra Nova, aqui em Cuiabá. O sol ainda estava forte, mas conseguimos encontrar sombra das árvores e deu para fazer fotos lindas, apesar da minha bebê ter ficado séria e concentrada na maior parte delas. O resultado você confere aqui!

Enfim, vivi essa experiência de produzir um ensaio fotográfico ao ar livre e fiquei muito cansada. Laura mais ainda, veio cochilando no carro. De volta para casa, a primeira coisa que fiz foi deitar com ela para dar de mamá. Nesse momento, comecei a chorar de emoção por perceber que minha bebê está crescendo e, logo, logo, já vai estar por aí correndo, falando, estudando, não estaremos mais tão juntinhas. Pedi pra ela ser sempre meu bebezinho e ela só mamava, com os olhinhos fechados. Por fim, acabou pegando no sono.

Este dia me fez pensar em como minha vida mudou tão bruscamente em tão pouco tempo. Há 6 meses, eu ainda sentia no coração um peso por não querer ser mãe, pensava que minha vida estaria “acabada”, no sentido de que não teria mais tempo para fazer planos pessoais e realizar sonhos. Hoje, vejo que as coisas apenas mudaram temporariamente de prioridade, mas que eu ainda tenho o poder de fazer o que quiser, desde que minha Laurinha esteja incluída no projeto.

Depois que ela nasceu, eu já lancei um livro, já viajei para outro estado, criei este blog, participei de reuniões importantes, pratiquei exercícios físicos, participei de eventos. Ela nunca foi um peso, nunca me atrapalhou em absolutamente nada. Pelo contrário, hoje, me sinto muito mais motivada para ser um exemplo de mulher para minha filha. Quero que ela sinta orgulho de mim e, por tudo isso, hoje eu só tenho a agradecer, a Deus e à Laura, por tudo de bom que tem acontecido na minha vida!

Laura, eu te amo!! Feliz 6 meses de vida!!!